quinta-feira, 29 de setembro de 2011

Os países que garantem a presença feminina nos espaços de poder e de decisão registram que a gestão delas tende a contribuir para o progresso dos direitos das mulheres. Um caso emblemático é o de Ruanda, em que 56,3% do parlamento é formado por mulheres. As ruandesas entraram na vida política principalmente após o genocídio de 1994, que vitimou cerca de 500 mil pessoas, em sua maioria homens. A reconstrução do país esteve nas mãos de mulheres e meninas negras e, a partir daquele momento, elas passaram a conquistar direitos que até então lhes eram negados, como serem proprietárias de terra e terem direito à herança.As condições que levaram as mulheres de Ruanda ao poder são trágicas. Mas os resultados gerados pelo poder conferido às mulheres e sua representação servem de modelo para todo o mundo. A ONU Mulheres tem contribuído para que mulheres negras e indígenas consigam alcançar espaços de negociação e poder, apoiando iniciativas que promovam o debate sobre os temas de interesse dessas mulheres. Isto é o que você confere na notícia Maioria entre os mais pobres, mulheres estão no foco da política de combate à pobreza. Em agosto, a ONU Mulheres, por meio do Programa Regional Gênero, Raça Etnia e Pobreza, participou da audiência pública, realizada na Câmara dos Deputados, sobre os impactos das políticas de combate à pobreza na vida das mulheres brasileiras. A reunião trouxe a necessidade dos recortes de gênero e raça no programa Bolsa Família do governo federal, que pretende tirar 16 milhões de brasileiros e brasileiras da miséria.