Estudo da ONU aponta que nove em cada 10 egípcias já sofreram algum tipo de violência sexual
8
de junho de 2014
Por Da Redação
Violência
contra a mulher no Egito é alarmante – Foto: Banco Mundial/Charlotte
Kesl
A
União Interparlamentar emitiu uma nota elogiando a decisão do governo do Egito
de criminalizar o assédio sexual no país.
O
decreto foi anunciado nesta semana e, segundo a UIP, é um passo fundamental para
combater o que a agência chamou de “problema crescente da violência contra a
mulheres no Egito.” A UIP disse que outros países têm que fazer mais na mesma
área.
Cinco
Anos
A
decisão foi promulgada pelo presidente interino Adly Mansour, que está deixando
o cargo. Pela nova regra, o assédio sexual passa a ser um crime punido com até
cinco anos de prisão.
Desde
o início dos protestos de rua que levaram à saída do presidente Hosni Mubarak em
2011, o Egito tem registrado ataques contra mulheres. De acordo com um estudo da
ONU, nove em cada 10 egípcias sofreram algum tipo de violência
sexual.
O
chefe da UIP, Anders Johnson, disse que pôr um fim à violência contra mulheres
no Egito é uma tarefa que requer mais compromisso e ação para a implementação do
decreto.
Sentença
Segundo
a agência, a medida sinaliza uma boa notícia após semanas de relatos horrorosos
sobre violência a mulheres em várias partes do mundo. A nota lembra o caso do
assassinato de duas meninas na Índia após terem sido estupradas, e da sentença
de morte à sudanesa Meriam Ibrahim, condenada por ter se casado com um cristão e
não renunciar ao cristianismo.
A
UIP também citou o caso do sequestro de mais de 200 alunas na Nigéria e o
assassinato de uma paquistanesa pela própria família num chamado “crime de
honra”.
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